Onde vamos parar?

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Funk agora é cultura

Há alguns anos atrás, qualquer brasileiro, se perguntado sobre o gênero musical genuinamente carioca, responderia samba. De meados dos anos 90 para cá, essa resposta não sai tão fácil, pois outro som passou a ecoar entre as vielas das comunidades e as pistas de dança da cidade.Dia 25 de agosto,cerca de 600 pessoas lotaram o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) para a realização da audiência pública sobre o funk. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania convidou autoridades públicas, acadêmicos, parlamentares, funkeiros e a sociedade civil.
O debate resultou na consolidação de um novo consenso em torno do funk. Este passa a ser reconhecido como algo mais do que um gênero musical, como a manifestação cultural mais importante do Rio de Janeiro na atualidade.
“Essa audiência foi muito importante porque reflete um novo patamar no debate público em torno do funk. O funk hoje, aqui, deixa de ser um caso de polícia. Essa é uma página virada. O funk passa a ser tema de políticas públicas nas áreas da Cultura e da Educação”, afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos, ao lembrar que na semana passada intermediou reunião dos funkeiros, organizados na Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFunk), com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio, que resultou na promessa de uma nova conduta policial em relação ao funk.
Marcelo leu, durante a audiência, ofício do presidente da Alerj, Jorge Picciani, anunciando a votação de dois projetos de lei propostos pelo mandato. Um previa a revogação de lei de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, em vigor, que tem sido usada pela polícia para reprimir o funk. Outro projeto previa o reconhecimento do funk como manifestação cultural. Em nome do governo estadual, as secretárias de Cultura, Adriana Rattes, e de Educação, Tereza Porto, assumiram o compromisso público não só de reconhecer o valor do funk para a sociedade como também a viabilização dos meios para garantir a sua livre expressão cultural no Rio de Janeiro.
“Gosto muito de baile funk”, disse Adriana Rattes. “O reconhecimento do funk como manifestação cultural é um grande avanço institucional. O que se promove hoje é um novo marco legal das políticas públicas em relação ao funk, que envolve o reconhecimento também do seu valor transformador. O funk tem a potência de transformar a sociedade. Isso não é parceria nem intenção, é compromisso”, afirmou secretária estadual de Cultura.
“Reconhecer o funk como manifestação popular, como linguagem, como cultura, é coisa óbvia”, disse Tereza Porto. “É claro que vai ser revogada essa lei (que concede à PM o poder de censurar o funk)”, concluiu a secretária de Educação.
Metade da vida dedicada ao funk, o presidente da APAFunk, MC Leonardo, afirmou: “A polícia não é o caminho. A gente não precisa procurar o comandante de um batalhão pra dizer que é um trabalhador. Ninguém aqui quer o funk sob a tutela da polícia. O funk é democrático e pagamos um preço alto por isso. A nossa luta é pela unificação dos funkeiros, para que esqueçam um pouco as suas carreiras, as suas empresas e se unam para lutar pelo direito à cultura do Rio de Janeiro”, disse MC Leonardo, depois de lembrar da época em que, sem espaço para trabalhar como funkeiro, teve que mudar de profissão e dirigir táxi.
Para a artista Fernanda Abreu, o momento é favorável para uma mudança de perspectiva do poder público em relação ao funk: “Hoje, as autoridades estão reconhecendo o funk como algo que é importantíssimo e estratégico para o país”. O antropólogo Hermano Vianna, um dos primeiros a desenvolver estudos sobre o funk, revelou que o gênero movimenta R$ 10 milhões por mês no Brasil, embora em um contexto adverso e de bastante informalidade. “Não conheço ação tão repressiva contra qualquer outra manifestação cultural como ocorre com o funk. Hoje, essa audiência, é sinal de que isso pode mudar”, disse o antropólogo Hermano Vianna.
A antropóloga Adriana Facina lembrou que a perseguição ao funk ocorre hoje tal como já se deu com o samba, numa época em que era tratado na mídia como algo “pernóstico, negróide, ridículo” ou de “pretalhada”, expressões usadas em artigos de jornais quando Pixinguinha e seus músicos viajaram para apresentações na Europa no início do século passado. “Proibir os bailes funks faz parte de um processo de criminalização de jovens pobres, favelados, a maioria negra. É necessário garantir aos pobres o direito de se expressar, jovens que a sociedade vê como lixo, como se fosse melhor se não existissem. O funk tem que ser assunto de cultura e não de polícia. Essa é uma luta pela liberdade de expressão e pela diversidade cultural”, defendeu Adriana Facina(só esqueceram que o funk movimenta o trafico de droga,incita a prostituicao,a pedofilia...).
O Legislativo e o Executivo federais também foram representados na audiência. O deputado federal Chico Alencar (PSOL) comparou a situação do funk na sociedade com a das milícias, para mostrar que é possível, por meio da luta, promover uma mudança de paradigmas na sociedade: “Está acontecendo com o funk o que aconteceu com a negação das milícias”. O ministro da Cultura, Juca de Oliveira, enviou a sua mensagem por carta: “Impedir que funkeiros se reúnam em torno de sua música, de sua dança, de suas festas é um remédio inadequado contra a criminalidade. (…) Não podemos reprimir o funk, nem discriminá-lo com preconceitos, tampouco proibir de qualquer modo a sua existência e as particularidades de sua formação cultural”.
Também participaram da audiência os parlamentares Alessandro Molon, Paulo Melo e Luiz Paulo Corrêa da Rocha.
("É muito simples de entender esse projeto dos deputados da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro ou outras AL´s deste país;,quem andar direitinho neste país é perseguido, paga multa e não tem nenhuma proteção do poder público. Mas veja, tudo que é indecente vira cultura, sem pudor, e quem gosta disso, no caso do Rio de Janeiro, vai engrossar a receita dos traficantes e dos que recebem os turistas, principalmente os estrangeiros que gostam de ver os traseiros de brasileiras, é só. Então esses deputadose meia duzia de ignorantes e sem conhecer o que é pudor vão aprovar imediatamente isso, para vergonha dos seus eleitores e da gente brasileira digna").
A secretária estadual de Educação, Tereza Porto, afirmou que o governo pretende dar ao movimento um caráter pedagógico e, com isso, levá-lo para as escolas estaduais.
“Através do funk, vamos estar mais próximos dos nossos alunos. As letras podem ser usadas de forma positiva, abordando temas importantes”, declarou Tereza.
“É preciso reconhecer que ali há uma manifestação cultural que, crescentemente, envolve milhões de jovens no Brasil inteiro. "Cita o deputado federal Chico Alencar.
"Seria o cúmulo da vergonha considerar um tipo de música tão vulgar e ridícula como forma de manifestação popular. É forma de manifestação do mau gosto.Isso sem falar que os bailes funk servem para ajudar a financiar o tráfico de drogas, coisa que todos sabem, com letras que fazem apologia à violência, ao crime e à prostituição", declarou a internauta Lilian Santos para o site O globo,ainda no neste site,o leitor Marcelo Pereira Lopes, cita que o funk está ligado à banalização do crime e à vulgaridade: "Sou completamente contrário a esse projeto (...) Quem não gosta do funk e tem a infelicidade de morar próximo a lugares onde se realizam 'bailes', não podem reclamar do barulho excessivo após as 22h, recebendo, muitas vezes, ameaças à sua integridade física. Não quero dizer com isso que todos os funkeiros estejam envolvidos com o crime ou com drogas diretamente, mas estão ligados a esse mundo ao se associarem ou se identificarem com as pessoas que nele vivem e compartilharem" .
Alguns leitores citaram outros estilos musicais na hora de dar sua opinião. Foi o caso de Sérgio Boche: "É lamentável que a música brasileira tenha chegado a esse ponto, depois de ter encantado o mundo com a bossa nova, o chorinho. Nomes como Tom Jobim, Luiz Gonzaga e Cássia Eler, entre muitos outros, foram esquecidos. Creio que seja o reflexo da falta de cultura de um país que tem um ensino sucateado pelas aprovações automáticas. O que esperar de um indivíduo que se submete diariamente a um pancadão? Pior ainda é ver nosso tributo se perder em mais uma lei 'entulho' para atrapalhar a votação de assuntos realmente importantes para a nação."
Podemos analisar a opiniao dos favoraveis e dos contrarios a esta nova lei.
Tem Prefeitura que proíbe o funk em festa da cidade. Em Petrópolis e Teresópolis, por exemplo, não pode ter baile .
Marlboro,o dj(safado que agora toca funk)diz que o funk ajudou também a mudar o quadro das crianças das favelas. Se antigamente, elas tinham os traficantes como ídolos, hoje são os artistas que ganham o Brasil com sua música que atraem suas atenções:
- Os traficantes são bandidos fora da favela, mas lá dentro agem de forma patriarcal, ajudando e protegendo os moradores. Por isso eles eram ídolos das crianças, que queriam crescer para virar chefes do tráfico. Aí, elas começaram a ver que os funqueiros também tinham carros, mulheres, porém com liberdade. Quando você tem Tati Quebra-Barraco e Bonde do Tigrão, o referencial começa a mudar.(sinceramente não sei o que é pior,haja visto que sem educacao e cultura o unico caminho para os jovens é a criminalidade,é como adiar algo inevitavel.)
O antropólogo e autor do livro "O Mundo Funk Carioca", Hermano Vianna é direto, ao comentar a discriminação contra o funk:
- Acho irrelevante a opinião desta minoria reacionária e ignorante. Claro que funk é cultura. Fico com a maioria esmagadora da população brasileira, que dança funk todos os dias. Fico com os estrangeiros que, nas melhores pistas de dança do mundo, aprendem a gostar do Brasil dançando funk.(Olha o que acham da sua opinião...-Olha que o cara é letrado).

Vamos a alguns exemplos do que poderá ser em breve ensinado nas escolas cariocas e quisá no restante do país:


Dança do Créu
Mc Créu
Composição: Mc Créu
É créu!É créu nelas!É créu!É créu nelas!"Vambora, que vamo"!"Vambora, que vamo"!
Prá dança créuTem que ter disposiçãoPrá dança créuTem que ter habilidadePois essa dançaEla não é mole nãoEu venho te lembrarQue são 5 velocidades...(2x)
A primeira é devagarzinhoSó o aprendizado.É assim, oh!Créeeeu...(3x)Se ligou? De novo!Crééééu...(3x)
Número 2!Créu, créu, créuCréu, créu, créuContinua fácil, né?De novo!Créu, créu, créu,Créu, créu, créu!
Número 3!Créu, créu, créu, créu...(3x)Tá ficando dificil, hein?Créu, créu, créu, créu (3x)!
Agora eu quero ver a 4!Créu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créu!
Tá aumentando mané!
Créu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuSegura DJ!
Vou confessar a vocêsQue eu não consigoA número 5DJ!Velocidade cincoNa dança do créu!!Créu-Créu-Créu-CréuCréu-Créu-Créu-Créu...(6x)HahahahahaCréu-Créu-Créu-CréuCréu-Créu-Créu-Créu...(8x)!
Prá dança créuTem que ter disposiçãoPrá dança créuTem que ter habilidadePois essa dançaEla não é mole nãoEu venho te lembrarQue são 5 velocidades...(2x)
A primeira é devagarzinhoSó o aprendizado.É assim, oh!Créeeeu...(3x)Se ligou? De novo!Crééééu...(3x)
Número 2!Créu, créu, créuCréu, créu, créuContinua fácil, né?De novo!Créu, créu, créu,Créu, créu, créu!
Número 3!Créu, créu, créu, créu...(3x)Tá ficando dificil, hein?Créu, créu, créu, créu (3x)!
Agora eu quero ver a 4!Créu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créu!
Tá aumentando mané!
Créu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuCréu, créu, créu, créuCréu, créu, créuSegura DJ!
Vou confessar a vocêsQue eu não consigoA número 5DJ!Velocidade cincoNa dança do créu!!Créu-Créu-Créu-CréuCréu-Créu-Créu-Créu...(6x)Hahahahaha!Créu-Créu-Créu-CréuCréu-Créu-Créu-Créu...(8x)!
Áhahahahahaa!!

(bizarro)percebeu a cultura embutida na letra??

vamos a outra letra de funk,que reune imensa qualidade sonora(ouca por sua conta e risco) e artistica de um modo geral.


Proibidão
Prexeca Bangers
Composição: Mc Fox e Mc Mãe

Esse aqui é o rap mais light já produzido. Vo botar prafuder!!Fudeu marrom! Segura a prexeca que a galera tá na becaEu vivo pra que? (Fuder) O que eu mais gosto de fazer? (Fuder)O meu trabalho? (Fuder)Nada pra fazer? (Fuder)"Agora eles riem tanto que não da pra entender" É isso ai mulherada!! Se liga ai vem seu recado!De funk mesmo hein?!Sou uma maquina de que? (Fuder)eu transo igual animal! (Fuder)o meu pau é grande (fuder)o que eu faço melhor que qualquer um? (Fuder)Meu pau é telescopio? (Fuder)Ele é grande e potente? (Fuder)Meu pau é xeio de veia? (Fuder)Meu pau é adestrado pra que? (Fuder)Ai, sem garotisse!! "em meio a muitos risos:" Vai começar!! Então, é nois!Vai tomar banho! Escorrega o biscoito na caverna molhada, e secontinuar gritandovou lhe enfiar a porrada! Puta! Vadia e prostituta!!Puta! Vadia e prostituta!!Se liga mulherada!Se liga mulherada seu trio da ternura Prostita, do brejo sua vida é muito dura!Então cheque mate!! Bangers!Sacaneia minha bangers e massageia meu escroto!! Meu escroto ficou louco!Não precisa ser bonbada, não sou tão exigente, mas temqueengolir minha porra quente! Se ficar de merda eu exculacho eu humilho, tem que medar eengolir meu charope de filho!Vamos ver se tu aguenta a pressão da cavalgada. Essecetro dopoder arromba até uma arrombada! Se tu num for uma gua esse é meu trabalho, tem queagüentar meumembro do porte de um cavalo!(De um Cavalo!) Chacoalha minha banga!! Puta! Vadia e prostituta!! Chacolha, chaqualha minha banga!! Fuder, fuder, fuder, fuder, fuder, fuder!eu comecei educado, já fiz o meu planinho!Abre as pernas! eu vo morder o seu bifinho!Chegou a hora de agitar, acbou a simpatia, se preparavagabundo,vai começar a selvageria,comigo é assim e eu falo na cara, ___________Então abre seu cuzinho redondo e gostoso, era um cuvalente, vaivirar um cu medroso!tô te estorando agora e vo contar pra galera,_________________Prexeca bangers, gosando em toda mulherada!Mais ou menos assim: gozei a porra toda, vai se olharnoespelho, entre seus dentes tem fiapo de pentelho! Se tiver que acordar amanhã de manha eu duvido!!Piranha!!Palmito liso!!É isso ai meu irmão!!

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3 comentários:

  1. O texto expõe opiniões favoraveis e contrarias ao funk.Mantenho o texto desta forma sem alterações.

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  2. UMA SOCIEDADE NÃO EVOLUI SEM EDUCAÇÃO SEM LIMITES
    E QUANDO ISSO ACONTECE SIGNIFICA QUE PARAMOS. P
    O QUE ANTES ERA SENSUAL HOJE É PORNOGRAFIA.
    MULHERES QUE LUTARAM TANTO PARA SEREM RECONHECIDAS A MULHER MUDOU MOSTROU SEU VALOR BRIGOU LUTOU INDICOU SER CAPAZ ,FORTE E INTELIGENTE E GANHOU O MERCADO DE TRABALHO OS ESPORTES, ALGUNS ANTES DOMINADOS PELOS HOMENS COMO O FUTEBOL.
    PARA QUE!
    A MENÓRIA DO MUNDO ATUAL SE REBAIXAM,No RIO DE JANEIRO, MULHERES SE PROSTITUIM NO MUNDO DO FUNK E SUBMENTEM A DESFRAGUIMENTAÇÃO DA MULHER GANHANDO UM ESPAÇO CURTO NA SOCIEDADE COM SUAS BUNDAS E LETRAS DE MUSICAS FAZENDO APOLOGIA AO CRIME E A PEDOFILIA, MULHERES ESTAS QUE SE DELICIAM COM SUA DESVALORIZAÇÃO.
    VEMOS RELATOS DE MULHERES E HOMENS DIZENDO QUE TEM ORGULHO DE SR FUNKEIRO!
    PROVAVALMENTE SÃO PESSOAS QUE TEVE A EDUCAÇÃO LIMITADA, COM ALGUM TIPO DE DESVIO DE CONDUTA.
    TENHAM ORGULHO SIM, MAIS ORGULHO DE TER COMTRIBUIDO COM A SOCIEDADE FUTURA AGREGANDO VALORES ETICAS E MORAIS, SAINDO DESSE ESTADO DE ANOMIA QUE SE ENCONTRA O MOVIMENTO FUNK.
    O FUNK É UM TUMOR NA SOCIEDADE QUE TEM QUE SER COMBATIDA SEVARAMENTE É UM SANGUE SUGA DE VALORES.O DJ de funk Fernando Luiz Matos da MataO DJ Marlboro,está respondendo a processo por atentado violento ao pudor e corrupção de menores.Este é o representante mais antigo do funk.

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