Onde vamos parar?

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A lei de Gerson

Gérson de Oliveira Nunes foi um dos melhores meio-campistas de toda a história do futebol brasileiro e teve participação fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1970. No entanto, terá seu nome imortalizado não apenas por suas contribuições esportivas, mas também por ter batizado uma das poucas leis que são regiamente respeitadas no Brasil, ao lado da Lei da Gravidade e da Lei de Murphy.
A malandragem, a esperteza e o tão propagado "jeitinho brasileiro" ganharam seu enunciado definitivo graças a uma frase que Gérson pronunciou em uma propaganda de televisão veiculada em 1976, para os cigarros Vila Rica. No comercial, o ex-armador do São Paulo discorre sobre várias vantagens do cigarro que anunciava: "É gostoso, suave e não irrita a garganta". Para arrematar sua argumentação em prol da marca, Gérson questiona: "Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro?". Em seguida, com um sorriso malicioso, diz a infame frase que, descontextualizada, tornou-se o bordão definitivo da terra dos espertalhões, das propinas e da generalizada falta de ética neste país: "Gosto de levar vantagem em tudo, certo?". Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao reclame, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.
Associa-se a valorização e a mitificação desta "lei" ao conceito de malandragem, do uso de pistolões em português brasileiro ou de cunhas em português europeu.

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