Certa vez, cansado da vida que levava, cheia de pecados, um cidadão resolveu ser monge. Dirigiu-se à um mosteiro e demonstrou sua disposição de se redimir dos seus pecados e viver uma vida de meditação, de amor ao próximo e de sacrifícios (coisas que não se vê nos dias atuais), pois, apesar de ser rico, estava disposto a doar todos os seus bens à irmandade onde passaria o resto da sua vida.
Sabia que ia ser uma caminhada difícil, mas o desejo da purificação da alma estava em primeiro lugar.
Ao chegar ao mosteiro foi recebido pelo Superior que, ao ouvir todo o seu relato de vida e a sua disposição de iniciar-se no noviciado, argumentou que ele iria encontrar muitas dificuldades, iria perder o contato com o mundo de onde vinha, etc.
O candidato continuava firme em seu propósito. Renunciava a tudo e a todos para alcançar paz (coisa já difícil naquele tempo) e, principalmente, alcançar o reino dos céus.
Vendo a sua firmeza de caráter e vontade de pertencer àquela irmandade, o monge Superior aceitou-o como iniciante, mas alertou-o de que, além das dificuldades já expostas, teria de se contentar com uma reclusão que só lhe permitia pronunciar duas palavras a cada cinco anos.
Sem hesitar, o iniciante aceitou as condições.
Passados os primeiros cinco anos, ele foi chamado e o Superior lhe autorizou dizer as duas palavras. E ele disse:
- Comida fria!
- Só isso? - Falou o Superior. - Pode voltar para a sua reclusão.
Passados mais cinco anos, ele disse:
- Cama dura!
- Só isso? - Falou novamente o Superior. - Pode voltar para a sua reclusão.
Passados mais cinco anos, já completando quinze anos de reclusão, ele disse:
- Vou embora!
O superior, olhando bem nos seus olhos, exclamou:
- Eu já sabia. Desde que você entrou aqui não faz outra coisa senão reclamar!
Acredita-se que: quem menos reclama é quem menos direito tem.
Não é preciso que sejamos monges, mas é indispensável fazermos uma reflexão sobre as coisas que falamos e principalmente nas que pensamos.
refletir é muito bom,principalmente quando pensamos que só nos é que estamos certo.As vezes reclamamos tantos dos atos das outras pessoas, mas será que paramos para pensar o que nos também fizemos a aquela pessoa para que ela venha a agir deste modo?
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